domingo, 14 de abril de 2013

SLIDES PARA COMPLEMENTAR AS AULAS DO TERCEIRO ANO GEOGRAFIA
http://www.slideshare.net/carlosribeiromedeiros/geografia-da-europageografiahumanademografia
http://www.slideshare.net/carlosribeiromedeiros/geografia-da-europa-geografia-poltica-europa-norte
http://www.slideshare.net/carlosribeiromedeiros/geografia-da-europageografiahumanademografia

Geografia terceiro ano
Europa aspectos Naturais
O continente europeu é um dos menores continentes, superando somente a Oceania, diante disso, ocupa uma área territorial de 10.530.751 quilômetros quadrados que corresponde a 7% das terras emersas do planeta, esse continente possui uma particularidade, está fisicamente ligado à Ásia, juntos são conhecidos como Eurásia.

Outros definem a Europa não como um continente, mas sim como uma imensa península, em razão de seu litoral recortado. A Europa está localizada no oeste da eurásia, seu território permanece quase em sua totalidade no oriente, acima do paralelo do Equador, ou seja, no hemisfério norte. O território desse continente limita-se ao norte com o Oceano Glacial; com os mares Mediterrâneo e Negro ao sul; Oceano Atlântico a oeste e com os Montes Urais, o Rio Ural e o Mar Cáspio ao leste.

No continente europeu existem muitos países, dentre esses o de maior território é a Rússia, com 40% da área total, o restante abriga 40 países. Apesar de muitos países europeus possuírem territórios relativamente restritos, tornaram-se verdadeiras potências políticas e econômicas mundiais, tais como Reino Unido, Alemanha, França e Itália, que fazem parte do G-8 (grupo dos países mais ricos do mundo).

Quanto às características físicas ou naturais, a Europa apresenta uma série de particularidades, diante disso apresentamos os principais aspectos do relevo, hidrografia, clima e vegetação.

Relevo

O relevo europeu é constituído basicamente por duas unidades de relevo, que são as planícies e os maciços antigos, ocupando especialmente o centro e o norte do continente. Existem também os dobramentos modernos que são compostos por áreas montanhosas, provenientes do pouco tempo de processo erosivo, portanto sofreu pouco desgaste, essa característica é comum desde o sul até a Península Ibérica.

Dentre os dobramentos modernos e de relevo mais elevado, os principais são: os Pireneus, ocupa uma área de 450 quilômetros entre os limites territoriais da França com a Espanha, em alguns pontos as altitudes podem atingir 3.000 metros. Os Alpes, ocorre em uma extensão de 1.100 quilômetros e atravessa o território da França, Itália, Alemanha, Suíça e Áustria; e o ponto mais elevado é o Monte Branco com 4.807 metros. Os Apeninos encontram-se na Itália e percorrem o território de norte a sul, em pelo menos 1.500 quilômetros, essa região abriga vulcõe,s sendo que alguns são ativos. Cárpatos ocorre nas terras da Eslováquia, Polônia, Ucrânia e Romênia e o Cáucaso está situado entre o Mar Negro e o Mar Cáspio nos territórios da Rússia, Geórgia, Armênia e Azerbaijão.

Hidrografia 

Em razão da composição climática existente na Europa, os rios presentes no continente são relativamente pequenos quanto a seu curso e volume, apesar das limitações, esses mananciais foram sempre muito importantes para as atividades desenvolvidas na região, especialmente por se tratar de rios navegáveis. Nesse sentido, os rios principais do continente europeu são: rio Reno (1.300 km de extensão) que nasce nos Alpes; Sena (770 km de extensão), sua nascente está localizada ao sudeste de Paris; Ródano (800 km de extensão), nascente nos Alpes suíços; Volga (3.531 km de extensão), nasce a noroeste de Moscou e Danúbio (mais de 2.800 km de extensão), nasce nos Alpes alemães.
Clima

A Europa está localizada na zona temperada da Terra, dessa forma, apresenta climas de temperaturas mais amenas, dentre as particularidades de cada região podem ser identificados diversos tipos de climas, sendo que os principais são:

Clima de montanha: ocorre especialmente em áreas de relevo de grandes altitudes, como os Alpes e Pireneus, nessas áreas as chuvas são bem distribuídas durante todo o ano, elas se desenvolvem de forma mansa e rápida, os invernos são extensos e rigorosos, constituídos por nevadas e geadas.

Temperado oceânico: é formado por um elevado índice pluviométrico, especialmente na primavera e no inverno, e temperaturas amenas.

Temperado continental: ocorre no centro e leste da Europa, as chuvas desenvolvem com menos incidência que no temperado oceânico e amplitudes térmicas mais elevadas.

Subpolar: predomina em áreas próximas à região ártica, é constituída por duas estações bem definidas, sendo que o inverno é extremamente rigoroso e longo, com temperaturas que atingem -50ºC e verão com período bastante restrito, com temperaturas que variam entre 16ºC e 21°C.

Mediterrâneo: esse tipo de clima é típico do sul da Europa com verões quentes e invernos mais amenos em relação a outras regiões do continente, nesse há duas estações bem definidas, seca no verão e chuvosa no inverno.

Vegetação

A composição vegetativa da Europa é variada em razão dos diferentes solos e climas, desse modo, podem ser identificados diversos tipos de vegetações, dentre elas estão:

Tundra: essa cobertura vegetal é comum em regiões de clima subpolar, vegetação constituída por musgos, gramíneas, arbustos e liquens, flora proveniente da junção de fungos e algas.

Floresta conífera: composição vegetativa constituída por pinheiros em áreas do sul.

Floresta temperada: é composta por pinheiros, além de árvores como a faia e o carvalho, esses vegetais têm característica de perder as folhas no inverno, conhecidos por floresta caducifólia.

Estepes: vegetação composta por herbáceas ou gramíneas provenientes dos solos férteis.

Vegetação mediterrânea: é composta por xerófilas, plantas típicas de regiões secas, tais como maquis e garrigues.

EUROPA: ASPECTOS HUMANOS

A população total da Europa é de aproximadamente 750 milhões de habitantes. Em termos demográficos, é o continente mais estável do planeta, apresentando reduzidos índices de natalidade e de mortalidade e um baixo crescimento vegetativo (0,1% ao ano). Na Europa, a densidade demográfica média é a mais alta do planeta: 75 habitantes por km².  A distribuição de sua população é bastante regular, se comparada com as outras regiões do planeta. Mesmo assim, existem áreas pouco habitadas, principalmente nas regiões setentrionais e nas zonas de relevo elevado, onde o frio extremo não permite a fixação de contingentes populacionais, atuando como agente anecúmeno.
Do ponto de vista étnico, a Europa é bastante homogênea, já que aí predominam populações de cor branca. Entretanto, em função de sua turbulenta história - marcada por inúmeras guerras, sucessivas invasões, aparecimento e queda de vários impérios  e constantes migrações, -, o continente europeu apresenta um variado mosaico étnico, em razão das diferentes raízes da sua população. De maneira simplificada, podemos identificar os seguintes grupos étnicos:
GRUPOS ÉTNICOS EUROPEUS
NÓRDICOS - de origem germânica, povoam as regiões norte-ocidentais do continente.
ESLAVOS - de origem indo-européia, habitam o centro e o leste do continente.
CELTAS - de origem caucasiana indo-germânica, são a raiz étnica de inúmeros povos presentes na porção centro-ocidental do continente (principalmente osbascos e os gaélicos).
MEDITERRÂNEOS - uma mescla de etnias (principalmente, latinos, celtas e mouros, habitantes da Europa Meridional, particularmente a Península Ibérica (Portugal e Espanha).
O panorama linguístico da Europa confirma a sua variada origem étnica: centenas de idiomas são falados no Velho Mundo. Destacando-se os seguintes troncos linguísticos: o latino, o germânico, o céltico, o grego e o eslavo, além de línguas específicas de certas comunidades, tais como o basco, o finlandês e o húngaro (ramo linguístico fino-hungro e o turco).
AS MIGRAÇÕES
A partir dos séculos XVI e XVII, em razão das "Grandes Navegações", europeus começaram a emigrar para outros continentes, particularmente a América. Os recorrentes ciclos de crises experimentados pelo Velho Continente acentuar esse processo. Após a Segunda Guerra Mundial, a circulação populacional se inverteu: a prosperidade europeia passou a atrair imigrantes, principalmente os provenientes das  ex-colônias europeias na África e na Ásia. Nos anos 60 e 70, essa imigração foi bem recebida, pois, na ocasião, era fundamental suprir a falta de mão de obra. Atualmente, com a relativa recessão econômica e com o aumento do desemprego, esses imigrantes vem sendo hostilizados, notadamente na França, na Alemanha e na Inglaterra, países onde, infelizmente há traços de racismo e xenofobia. Complicando esse cenário, o colapso do comunismo na Ex-União Soviética e no leste europeu vem provocando levas migratórias de populações eslavas para a Europa Ocidental, onde proliferam atitudes de repúdio à essas migrações. Realmente, pode-se falar em "duas Europas": a próspera Europa Ocidental, a dos "ricos", e a "outra", Europa Oriental, ainda desequilibrada e tentando se reerguer dos estragos produzidos pelo totalitarismo comunista.

QUADRO ECONÔMICO E POLÍTICO DA EUROPA

A Europa é um continente reconhecidamente desenvolvido. Apesar disso as atividades primárias também tem destaque na economia desse continente. Vamos analisar as principais atividades econômicas européias destacando,quando for necessário, alguns países em particular.
O setor primário EXTRATIVISMO: a porção centro-norte do continente é coberta por florestas de coníferas que representam importante riqueza econômica. Em países como a Finlândia, Rússia e Suécia a extração de madeira e a produção de papel e celulose são muito importantes. As atividades pesqueiras são praticadas por vários países. No Mar da Noruega é grande a produção pela Islândia e principalmente pela Noruega. A Rússia tem uma das maiores produções de pescado do mundo. Em Portugal a indústria pesqueira é uma atividade econômica de destaque. No extrativismo mineral vale destacar mais uma vez a Rússia. É o país de maior extensão territorial na Europa e importante produtora de carvão,ferro, manganês, petróleo, urânio e níquel na porção européia do seu território. A Ucrânia também apresenta ricas jazidas de carvão, ferro e manganês. No norte da Escandinávia (região da Lapônia) há a extração do ferro. No Vale do Ruhr, na Alemanha, na região da Lorena (França) e no Reino Unido o carvão mineral é um recurso de destaque. O Mar do Norte é uma das mais importantes áreas produtoras de petróleo na Europa. Entretanto, a reduzida extensão territorial européia e o elevado consumo industrial, fazem da Europa um continente importador de vários recursos minerais e energéticos. Excetuamos, é claro, alguns casos específicos: a Rússia, por exemplo, é exportadora de vários recursos minerais.
AGROPECUÁRIA: genericamente podemos dizer que se trata de uma agropecuária que utiliza técnicas modernas, mão-de-obra bem preparada e obtém boa produtividade. Mas em algumas áreas desse continente os solos são ruins. No leste europeu, na região das estepes destaca-se o fértil solo de tchernozion. Sua posição geográfica leva ao predomínio de produtos de clima temperado. As produções de cereais (trigo, cevada, centeio, aveia, milho e arroz), batata, beterraba açucareira e girassol são de grande destaque. No sul da Europa, área de clima mediterrâneo são mais importantes os cultivos de cítricos, uva e oliveiras. Aí é importante a produção, para mercado interno e externo, do vinho e do azeite. A produção de gêneros de clima tropical é insuficiente, necessitando-se de grandes importações.
A pecuária européia se caracteriza pela excelente qualidade. O aprimoramento racial do rebanho, as condições higiênicas de criação, os cuidados veterinários e a boa produtividade compõe o quadro de características dessa atividade. Destacam-se os rebanhos de ovinos, suínos e bovinos. A pecuária leiteira é um grande destaque pela alta qualidade e produtividade na Holanda, Bélgica, Suíça e Dinamarca. A Grécia tem destaque com a criação de caprinos. A Federação Russa e o Reino Unido possuem importante criação de gado ovino. Apesar da excelência na criação de animais, a Europa tem enfrentado recentemente alguns reveses nessa atividade com a expansão de problemas como o mal da vaca louca e da febre aftosa. É importante lembrar também das dúvidas com relação aos produtos transgênicos. A União Européia tem proibido o registro de produtos transgênicos até que se elaborem legislações específicas para o setor. Outra questão relevante é a prática de subsidiar a produção agropecuária. Isso dificulta a livre concorrência desses produtos no mercado europeu,prejudicando as exportações de países de Terceiro Mundo que precisam ampliar suas vendas externas. União Européia e Mercosul negociam atualmente tratados econômicos e um dos pontos de maior discussão são as barreiras tarifárias e sanitárias, além da prática de subsídios por parte dos governos europeus. A estimativa é de que 40% da renda dos agricultores europeus seja proveniente de subsídios concedidos pelo Estado. Na Holanda, que possui um território muito baixo, os pôlderes permitem a expansão de seu exíguo território e a prática agrícola com destaque para frutas, hortaliças e flores (exportação de tulipas, por exemplo). Os pôlderes são terrenos conquistados do mar com a construção de barragens e diques que realizam a drenagem da área. A aplicação de corretivos químicos para o solo,adubos e fertilizantes se faz necessário.
No sul da Europa, de relevo mais acidentado, encontramos a técnica do terraceamento com a arboricultura. No extremo norte, de clima muito frio, a prática agrícola é inexistente. O espaço territorial reduzido, as áreas urbanas e industriais, as cadeias de montanhas, áreas com solos inférteis, limitam o espaço disponível para a agropecuária que é principalmente intensiva.
O setor secundário INDÚSTRIA: existem países europeus fracamente industrializados, mas alguns deles são grandes potências industriais. No leste europeu há um predomínio da indústria de base ou pesada.Setores como o siderúrgico, mecânico, metalúrgico, químico, naval, material ferroviário, bélico e nuclear são importantes. O leste europeu abrigou países de economia socialista que não se preocuparam em desenvolver uma sólida e eficiente indústria de bens de consumo. As reformas econômicas que esses países vem realizando desde o final da Guerra Fria tem atraído empresas multinacionais que estão expandindo esse setor. Também se observa a prática de uma política de privatizações das empresas estatais. Muitas delas, no entanto, foram fechadas ou desapareceram por não se enquadrarem em uma economia de intensa concorrência que requer grande eficiência e qualidade.Destacam-se no leste europeu países como a Federação Russa, a Ucrânia, a Polônia, a República Tcheca e a Eslovênia. Na Europa ocidental o desenvolvimento industrial é maior e mais complexo. Além de um forte setor de base, a indústria de bens de consumo,duráveis e não-duráveis, é muito eficiente e competitiva. O setor têxtil e alimentício são representados por grandes transnacionais que atuam em muitos mercados. A indústria automobilística é forte destacando-se as produções da Alemanha, França, Suécia, Itália, Reino Unido e Espanha. As tecnologias de ponta constituem outro setor muito forte nas áreas de eletrônica e informática, telecomunicações, aeronáutica, espacial, nuclear,bélico, química fina, biotecnologia, equipamentos de precisão e instrumentos ópticos. As maiores potências industriais européias estão na porção ocidental do continente: Alemanha, França, Reino Unido e Itália. São quatro países que integram o G7 (as sete maiores economias do mundo). Também se destacam as produções industriais da Holanda, Suécia, Suíça, Bélgica, Noruega e o crescimento nas últimas décadas da Espanha.
O setor terciário TURISMO: é uma atividade de grande importância no continente. Alguns países têm no turismo uma grande fonte de renda e de empregos. A França, a Itália e a Espanha são os países que mais atraem turistas no mundo (dezenas de milhões anualmente). A região do Mediterrâneo tem ótima infra estrutura para essa atividade. Mas não é somente o sul da Europa que desenvolve o turismo. Essa atividade é encontrada no norte e no leste. A abertura recente dos países da antiga Cortina de Ferro promete aquecer o turismo nessa região,exceção feita às regiões em que se verificam conflitos ou tensões étnicas.Evidentemente essa atividade favorece uma expansão do setor terciário no comércio e prestação de serviços. Observe o quadro comparativo que mostra algumas diferenças de força econômica entre países europeus
País Importações PIB Exportações Desemprego (US$ (US$ (dados de 1999) (US$ bilhões) bilhões) (%) bilhões) Alemanha 541,5 472,5 8,3 2.111,9 França 300,4 290,1 9,5 1.432,3 Grécia 11,2 30,2 10,8 125,1 Portugal 23,9 38,6 4,2 113,7 Organizações européias As organizações econômicas européias surgiram da necessidade dos países desse continente se recuperarem da destruição causada pela Segunda Guerra Mundial, de fortalecerem suas economias e fazerem frente às duas superpotências da Guerra Fria: EUA e URSS. Mas não podemos esquecer que a própria Guerra Fria criou na Europa duas organizações de caráter político-militar:*OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte – aliança militar do bloco capitalista contando com a participação, além de países europeus(predominantemente da porção ocidental), dos EUA e Canadá. Foi criada em1949 e nos últimos anos passa por reformulações quanto aos seus objetivos e área de atuação, expandindo-se, até mesmo, no leste europeu, incorporando países que antes eram socialistas (República Tcheca, Hungria e Polônia);*PACTO DE VARSÓVIA – criado em 1955 foi a aliança militar do bloco socialista, liderada pela extinta União Soviética, reunindo países do leste europeu socialista. Esse bloco foi criado para se contrapor ao poder da OTAN,ainda que o seu princípio fosse o de uma aliança militar de defesa mútua. A rivalidade entre a OTAN e o PACTO DE VARSÓVIA contribuiu para a elevada tensão mundial no período da Guerra Fria. Esse bloco foi extinto em 1991 coma dissolução da União Soviética. BLOCOS ECONÔMICOS*BENELUX – associação comercial criada em 1944 entre Bélgica, Holanda eLuxemburgo. Atualmente é uma subdivisão da União Européia.*CECA – Comunidade Européia do Carvão e do Aço. Foi criada em 1952reunindo inicialmente o BENELUX, a República Federal da Alemanha (antiga Alemanha Ocidental), França e Itália. Procurou desenvolver um mercado comum para produtos siderúrgicos (ferro, carvão, aço...).*MCE – Mercado Comum Europeu. Essa organização foi criada através da assinatura do Tratado de Roma em 1957. Inicialmente procurou intensificar o comércio entre os países membros diminuindo e eliminando barreiras alfandegárias. Os membros fundadores do MCE foram a Bélgica, Holanda,
Luxemburgo, Alemanha Ocidental, França e Itália, com sede em Bruxelas.Posteriormente se expandiu com a entrada em 1973 do Reino Unido, da Dinamarca e da Irlanda. Em 1981 a Grécia passou a integrar a organização.Em 1986 é a vez de Portugal e Espanha serem admitidos no MCE. Em 1991, com a assinatura do Tratado de Maastricht, ampliam-se os objetivos do MCE. Além da livre circulação de mercadorias passa a valer a livre circulação de serviços, pessoas e capitais. Desencadeia-se um processo para a unificação monetária de seus membros com a formação do Banco Central Europeu e mais tarde com a criação de uma moeda única (instituída em 1º de janeiro de 1999 e em circulação desde 1º de janeiro de 2002). Está assim criada a União Européia (UE) ou Europa Unificada (EU). Em 1995 passam a integrar a UE a Suécia, Finlândia e Áustria. Está prevista para 2003 a inclusão de novos membros, com maior probabilidade para a admissão da Turquia, Polônia, Hungria, Eslovênia, Estônia, Chipre e República Tcheca. Para ser admitido nessa União Monetária e Econômica é necessário rígido controle sobre o déficit público, inflação, ter uma moeda estável e controle de longo prazo sobre a taxa de juros. Três integrantes da União Européia não implantaram a moeda única(EURO) em circulação no início de 2002, continuando a usar suas moedas originais: Dinamarca, Suécia e Reino Unido. Observe a tabela abaixo e compare alguns dados interessantes de alguns países da União Européia Analfabetismo Turismo: visitantes Mortalidade infantil País o (mil) (1998) %o (2000-2005) (%) (2000) Bélgica 6.179 Insignificante 4,2 Espanha 47.403 2,3 5,3 França 70.040 Insignificante 5 Grécia 10.916 2,8 6,3 Holanda 9.320 Insignificante 4,5 Irlanda 6.064 Insignificante 6 Itália 34.933 1,5 5,4 Portugal 11.295 7,8 6,1 Reino Unido 25.745 insignificante 5,4 Alterações políticas recentes Com o fim da Guerra Fria ocorreram muitas alterações políticas e econômicas na Europa. Os países socialistas do leste europeu abandonaram o socialismo e voltaram para a economia de mercado capitalista. A intensidade e velocidade desse retorno variaram de um país para outro. Alguns tiveram sucesso nesse retorno (exemplos: República Tcheca e Eslovênia). Outros enfrentam dificuldades até hoje (exemplos: Romênia e Bulgária). Além disso,as fronteiras no leste europeu se modificaram bastante. Podemos lembrar:*1989 – a derrubada do Muro de Berlim, que dividia essa cidade em ocidental e oriental. Esse fato desencadeia muitas reformas na Alemanha Oriental e conduz ao processo de reunificação das duas Alemanhas (divididas pela Guerra Fria) que ocorre quase um ano depois (03/10/1990);*1991 – fragmentação e extinção da URSS com a posterior formação da CEI(Comunidade dos Estados Independentes)*1992/1993 – divisão negociada da Tchecoslováquia. As reformas pacíficas nesse país e um plebiscito que consultou a população decidiram por sua divisão em República Tcheca e Eslováquia;*década de 1990 – fragmentação da Iugoslávia. Surgem novos países em um processo traumático que envolve vários conflitos entre as comunidades que outrora constituíram a Iugoslávia (sérvios, croatas, bósnios, macedônios, kossovares...). No primeiro semestre de 2002 a Iugoslávia restante passa a se denominar de Federação Sérvia e Montenegro. Eslovênia, Croácia, Bósnia e Macedônia tornam-se independentes durante a década de 1990 e permanece ainda indefinida a situação de Kossovo.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

ROTEIRO DE ESTUDOS - 8º ANO A e B





ILUMINISMO - 8º. ano a - b








Iluminismo, Ilustração ou Século da Luzes (Século XVII e XVIII).







O Iluminismo foi uma filosofia que combatia o Antigo Regime (absolutismo e mercantilismo), e pregava a liberdade econômica, a liberdade política e a igualdade diante das leis. Seus ideais conquistaram principalmente a burguesia e influenciaram importantes acontecimentos como a independência dos Estados Unidos, a Revolução Francesa, e no Brasil, a inconfidência Mineira e a Conjuração dos Alfaiates.





Os filósofos iluministas valorizavam a razão,a experimentação, observação e a investigação na produção do conhecimento. Assim baseado nas concepções de René Descartes, ou nas descobertas do físico Isaac Newton, os iluministas negavam que a natureza era regida por Deus. Para eles, as forças da natureza eram regidas por leis físicas. Os iluministas valorizavam as ciências e combatiam o fanatismo religioso, o misticismo.





1.Principais características do Iluminismo:





Racionalismo





Liberdade econômica e religiosa





2. Principais representantes do Liberalismo Político.



Voltaire: Combatia a ignorância, a superstição e o fanatismo religioso. Criticava o clero católico e escreveu "Cartas Inglesas".





Montesquieu: Escreveu o “O Espírito das Leis”. Nesse livro, o pensador criticou a monarquia absolutista e defendeu a tripartição dos poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.





Rousseau: Pregava que a propriedade privada era a razão das desigualdades sociais. Escreveu a obra “O Contrato Social”, no qual defendeu uma sociedade democrática, baseada na igualdade entre os indivíduos e no respeito ao que chamava de “vontade geral”.





Diderot e D’Alembert: Foram os responsáveis pela Enciclopédia, obra na qual reuniram o conhecimento produzido no período.





3. Liberalismo Econômico:





Os iluministas condenavam a intervenção do Estado na economia. Pregavam a liberdade econômica e a formação de um mercado livre. Para os iluministas a intervenção do Estado na economia limitava o desenvolvimento das atividades econômicas.





Os primeiros economistas a adotar essas idéias foram os fisiocratas (governo da natureza).





Outro economista que foi fortemente influenciado pelas idéias iluministas foi Adam Smith, que escreveu “A Riqueza das Nações”. Nessa obra, Smith defendeu que o trabalho era a base de toda a riqueza. O economista ainda era favorável ao trabalho livre, assalariado e contrario ao protecionismo, ao sistema colonial e a excessiva intervenção do Estado na economia.





4.Despotismo Esclarecido.





Com o crescimento das idéias absolutistas, muitos reis passaram a governar adotando os princípios dos iluministas para modernizar seus reinos. Contudo, esses reis continuaram a ser centralizadores, e não abandonaram totalmente as práticas mercantilistas. O despotismo foi adotado nos países da Europa Oriental, Portugal e na Espanha. Por exemplo, em Portugal, o representante do despotismo foi o Marques de Pombal.




ROTEIRO DE ESTUDOS - 8º ANO A - B
O que você precisa saber sobre a Independência das Treze Colônias?


• Caracterizar as colônias do norte
• Caracterizar as colônias do sul
• Explicar a Guerra dos Sete Anos
• Relacionar a Guerra dos Sete Anos com a revolta dos colonos
• Citar as Leis impostas aos colonos
• Citar os Congressos realizados na Filadélfia


. Comércio triangular
• Descrever o desenrolar e o desfecho da Guerra de Independência
• Citar as principais determinações da Constituição norte-americana
• Relacionar o processo de independência das Treze colônias com o iluminismo







Estude bastante. Todo esforço será recompensado.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

ROTEIRO DE ESTUDO 9º ANO


NOS PRIMEIROS TEMPOS DA REPÚBLICA

Na República Velha, cada presidente era eleito pelo voto direto, universal masculino (excluídos analfabetos, militares e religiosos) e aberto (todos sabem em quem você votou). 70% da população vivia no campo, portanto, bastava o grande proprietário, conhecido como coronel, controlar o voto dos seus peões e o candidato escolhido era eleito e este favoreceria o interesse dos coronéis. Portanto, o Brasil passa por uma fase em que o voto não era legítimo, era um voto mandado, o voto de cabresto. Como há uma diferença muito grande: 70% das pessoas moram no campo e 30% nas cidades, o candidato escolhido pela cidade nunca ganha. Então, esses presidentes da República Velha foram eleitos com voto fraudado (voto do bico de pena). Daí, o brasileiro não tem uma participação mais séria na política do país.

A COMISSÃO VERIFICADORA DE PODERES

No governo de Campos Sales, (início da República do Café) criou-se um mecanismo para garantir a permanência dos cafeicultores no poder. O presidente propõe a chamada Política dos Governadores: é uma troca de favores entre a presidência da república e os governos dos estados brasileiros. Essa política dos governadores continuará existindo até 1930. Campos Sales vai oferecer dinheiro (vindo dos impostos e empréstimos que se concentram na presidência) e atrai a atenção dos governadores que tem seus governos falidos. Com esse dinheiro ele vai conseguir "fazer política" => é uma troca de favores. Ele exige dos governadores apoio no Congresso porque se o presidente quisesse aprovar alguma coisa, os deputados teriam de concordar com ele. Em troca, promete aos governadores que apoiará os deputados estaduais, os deputados federais e os senadores indicados pelos governadores. Com isso, a Assembléia Legislativa do estado do governador só vai ter deputados que votam a favor do governador que pode propor qualquer espécie de política que ela seria aceita. Acontece, então, a unanimidade no governo federal e no estadual.



CORONELISMO

A expressão coronelismo surgiu como denominação dada aos fazendeiros que compunham a Guarda Nacional, no período imperial. Durante a República Velha, o termo estendeu-se aos grandes fazendeiros que controlavam a política local no mundo rural brasileiro, dominado pelo latifúndio, num universo próprio, interiorano, bem afastado das grandes cidades.
Na verdade, o coronel era a personificação mais acabada do poder privado no Brasil. Os moradores eram-lhe inteiramente obedientes, poucos ousando desafiar-lhe a autoridade ou disputar-lhe o mando, a não ser que por perto um outro coronel o desafiasse. Praticamente ninguém ao redor dele era instruído, sendo comum entre os considerados alfabetizados apenas saberem desenhar o nome no papel, o suficiente para que se tornassem eleitores fiéis dos candidatos propostos pelo coronel. Qualquer pessoa que se negasse a votar no candidato indicado pelo coronel era vítima de violência física ou perseguição pessoal. Essa medida garantia que os mesmos grupos políticos se consolidassem no poder. Com isso, os processos eleitorais no início da era republicana eram sinônimos de corrupção e conflito. Os hábitos políticos dessa época como a chamada “política dos governadores” e a política do “café-com-leite” só poderiam ser possíveis por meio da ação coronelista.
O controle do processo eleitoral por meio de tais práticas ficou conhecido como “voto de cabresto”. Observe-se que a não existência do voto secreto (adotado após a Revolução de 1930), facilitava o controle sobre o eleitor, aumentando-lhe o constrangimento. A fraude, portanto, imperava na época da República Velha. O coronelismo podia contar com a adoção de métodos coercitivos, ameaçadores, e até criminosos. O coronel geralmente contava com o pistoleiro contratado para atuar a seu serviço, ou um grupo de jagunços dedicados ao ofício das armas que serviam-lhe como um pequeno exército particular, vivendo à sombra da sua autoridade. Simultaneamente utilizam-se da máquina do poder e da boa fé dos cidadãos para garantir à população residente em seu domínio eleitoral uma educação básica de péssima qualidade, não permitindo a esse povo perceber o seu estado de absoluta alienação. Arrumar emprego, conduzir os filhos dos caboclos para o batismo, doar remédios e cachaça, eram formas de trocar favores por voto. Por não perceberem essa manipulação, os "coronéis" eram vistos pelos eleitores como os "bons homens", "aqueles que fazem tudo por nós".
Após 1930, o coronelismo perdeu espaço com a modernização dos centros urbanos e a ascensão de novos grupos sociais. Apesar do desaparecimento dos coronéis, podemos constatar que algumas de suas práticas se fazem presentes na cultura política do nosso país. Essa política de apadrinhamento e coronelismo decorre até os dias de hoje principalmente nas cidades do interior onde a população é mais pobre e carente, tornando-se mais facilmente manipulada. A troca de favores entre chefes de partido e a compra de votos são dois claros exemplos de como o poder econômico e político ainda impedem a consolidação de princípios morais definidos nos processos eleitorais e na ação dos nossos representantes políticos.
REVOLTAS NA REPÚBLICA VELHA

O CANGAÇO

A história do Cangaço inicia-se a partir de 1870 e vai até 1940. As causas que se relacionam ao Cangaço são os períodos de seca e a miséria que atingia nestes momentos até os jagunços dos coronéis (assalariados do crime), que para fugirem do autoritarismo do coronel e da miséria da seca se revoltavam e se uniam, formando os temíveis bandos de cangaceiros que, para os seus membros, não passava de uma forma de vida, inclusive mais honrosa do que a da elite dominante. Estes cangaceiros tinham as fazendas dos coronéis como alvo principal para os seus saques.
Por atacarem a base política da República Velha, estes cangaceiros tiveram que enfrentar as "volantes" formadas por policiais da Guarda Nacional e pelo exército.
O maior e mais temível bando de cangaceiros foi o de Lampião que, contando com sua mulher Maria Bonita (no cangaço as mulheres participavam em pé de igualdade com os homens) e seus "cabras", impôs o medo à oligarquia nordestina e a quem a servia.

(NÃO FALEI QUE ELE ERA UMA GRACINHA??)

O povo, por sua vez, temia os cangaceiros, mas apoiava suas ações de cabras machos. O fim do Cangaço inicia-se com a morte de Lampião, em 1938, e termina definitivamente com a morte do último cangaceiro, Corisco, seu companheiro e líder de bando.



A GUERRA DE CANUDOS


A Guerra de Canudos foi a maior guerra civil do Brasil. O líder era Antônio Mendes Maciel (Antônio Conselheiro). Era um pequeno proprietário que perdeu a propriedade, foi para a cidade, mas por causa da crise econômica o negócio faliu e para piorar mais, a mulher se separou dele porque a República permitia. De certa forma ele culpa a República por causa de seu fracasso e começa a dizer que ela é coisa do demônio e passa a falar do fim do mundo. Canudos constituiu-se como um movimento milenarista, messiânico porque seus seguidores acreditam na vinda de um messias que resolveria toda injustiça. Esse homem vai dizer: "no fim do mundo, o mar vai virar sertão e o sertão vai virar mar" => quem tem coisas, vai ficar sem elas, quem não tem nada, nessa próxima fase vai ter. Então, ele defendia uma "monarquia celestial (sobrenatural)". Ele dizia que haveria muitos rebanhos (pessoas que seriam salvas), mas um único pastor - ele mesmo. No Nordeste, ele vai conseguir convencer as pessoas que largam tudo o que tem e o seguem.

Às margens do rio Vaza Barris, Conselheiro e seus seguidores iniciam a organização de uma comunidade em uma grande fazenda onde não morava ninguém. O sistema vai dando certo e mais gente começa a chegar, inclusive os peões das fazendas vizinhas, ex-escravos, desempregados. O governo encarava a comunidade de Canudos como um agrupamento de baderneiros porque, na verdade, os canudenses deixaram de pagar impostos ao governo e ficaram livres da manipulação dos coronéis.

Mas como garantir que a oposição não chegará ao poder se há a eleição? Para isso, foi criada a Comissão Verificadora de Poderes (Comissão da "Degola") => todos os candidatos eleitos precisam passar pela cerimônia da diplomação. Nesse momento, o eleito tem que dizer quais são os seus planos de governo, se ele é favorável ao governador, ao presidente. Além disso, se o eleito deveria ter a "ficha limpa" caso contrário, seria cassado. Por isso que a Comissão foi chamada de "Degola", ou seja, o deputado é degolado que significa perder o mandato. Essa Comissão pode funcionar desde o começo até o fim do mandato dos eleitos, inclusive do governador e no dia em que um deles falar "não" à presidência, ele é cassado. Desse modo, a Comissão torna-se poderosíssima e concede ao presidente amplos poderes para agir.



GUERRA DO CONTESTADO

Durante o governo de Wenceslau Brás, salvo pelo início do surto industrial da Primeira Guerra, ocorreu a mais importante rebelião camponesa do Sul do país, a Revolta do Contestado, na região entre os estados do Paraná e Santa Catarina, com terras férteis e muita erva mate e madeiras de lei. Os romeiros, vindos de diversas localidades, seguiam o monge João Maria e seu sucessor José Maria, que pregava o fim da República e a implantação da monarquia de origem divina. Os posseiros haviam sido expulsos da terra por fazendeiros e empresas colonizadoras multinacionais ou eram desempregados da construção de ferrovias na região.
Lutavam conscientemente pela posse das terras ("nóis não tem direito de terra, é tudo para a gente da Oropa"), tendo que enfrentar o exército do governo brasileiro, a Guarda Nacional, os jagunços e, pela primeira vez no Brasil, atacados pela aviação de guerra, que estava a serviço dos interesses dos coronéis e das empresas colonizadoras (madeireiras) multinacionais.
A destruição das "Vilas Santas" e a morte de milhares de camponeses foi justificada, perante a sociedade brasileira, como uma luta contra fanáticos, degenerados e violentos rebeldes.



REVOLTA DA CHIBATA

Na noite de 22 de novembro de 1910, estoura a Revolta da Chibata, quando o marinheiro João Cândido, o almirante negro, assumiu o comando do porta-aviões Minas Gerais e outros marujos assumiram o controle de outras belonaves, o São Paulo, o Bahia e o Deodoro, apontando seus canhões para pontos estratégicos da cidade do Rio de Janeiro.
Os marinheiros só queriam o fim dos castigos corporais na Armada e, com o apoio da oposição e parte considerável da população carioca, o presidente Hermes da Fonseca e o Parlamento cederam às exigências.

Porém, como em nossa história jamais uma revolta popular havia triunfado, o governo não perdoou a ousadia daqueles marujos "sem cultura" e "sem responsabilidades". Ignorou-se a anistia, prendendo e desterrando para a Amazônia seus principais líderes. Os poucos marinheiros que não morreram foram absolvidos em julgamento dois anos depois.



REVOLTA DA VACINA

A situação do Rio de Janeiro, no início do século XX, era precária. A população sofria com a falta de um sistema eficiente de saneamento básico. Este fato desencadeava constantes epidemias, entre elas, febre amarela, peste bubônica e varíola. A população de baixa renda, que morava em habitações precárias, era a principal vítima deste contexto.
Preocupado com esta situação, o então presidente Rodrigues Alves colocou em prática um projeto de saneamento básico e reurbanização do centro da cidade. O médico e sanitarista Oswaldo Cruz foi designado pelo presidente para ser o chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, com o objetivo de melhorar as condições sanitárias da cidade.
A campanha de vacinação obrigatória é colocada em prática em novembro de 1904. Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi aplicada de forma autoritária e violenta. Em alguns casos, os agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força, provocando revolta nas pessoas. Essa recusa em ser vacinado acontecia, pois grande parte das pessoas não conhecia o que era uma vacina e tinham medo de seus efeitos.
A revolta popular aumentava a cada dia, impulsionada também pela crise econômica (desemprego, inflação e alto custo de vida) e a reforma urbana que retirou a população pobre do centro da cidade, derrubando vários cortiços e outros tipos de habitações mais simples.


As manifestações populares e conflitos espalham-se pelas ruas da capital brasileira. Populares destroem bondes, apedrejam prédios públicos e espalham a desordem pela cidade. Em 16 de novembro de 1904, o presidente Rodrigues Alves revoga a lei da vacinação obrigatória, colocando nas ruas o exército, a marinha e a polícia para acabar com os tumultos. Em poucos dias a cidade voltava a calma e a ordem.

TENENTISMO



Foi o movimento político-militar que, pela luta armada, pretendia conquistar o poder e fazer reformas na República Velha. Era liderado por jovens oficiais das Forças Armadas, principalmente tenentes.

Principais propostas do Tenentismo:
Queriam a moralização da administração pública;


Queriam o fim da corrupção eleitoral;


Reivindicavam o voto secreto e uma justiça Eleitoral confiável;



Defendiam a economia nacional contra a exploração das empresas e do capital estrangeiro;



Desejavam uma reforma na educação pública para que o ensino fosse gratuito e obrigatório para todos os brasileiros.

A maioria das propostas contava com a simpatia de grande parte das classes médias urbanas, dos produtos rurais que não pertenciam ao grupo que estava no poder e de alguns empresários da indústria.



REVOLTA DOS FORTES DE COPACABANA

Primeira Revolta Tenentista, iniciou em 05/07/1922.


Foi uma revolta para impedir a posse do presidente Artur Bernardes.



Tropas do governo cercaram o Forte de Copacabana, isolando os rebeldes. Dezessete tenentes e um civil saíram para as ruas num combate corpo-a-corpo com as tropas do governo. Dessa luta suicida, só dois escaparam com vida: os tenentes Eduardo Gomes e Siqueira Campos.

O episódio ficou conhecido como Os Dezoito do Forte.



REVOLTAS DE 1924

Dois anos depois da Primeira Revolta ocorreram novas rebeliões tenentistas em regiões como o Rio Grande do Sul e São Paulo.


Depois de ocupar a capital paulista, as tropas tenentistas abandonaram suas posições diante da ofensiva armada do governo.



Com uma numerosa tropa de mil homens, os rebeldes formaram a coluna paulista, que seguiu em direção ao sul do país, ao encontro de outra coluna militar tenentista, liderada pelo capitão Luís Carlos Prestes.


COLUNA PRESTES

As duas forças tenentistas uniram-se e decidiram percorrer o interior do país, procurando apoio popular para novas revoltas contra o governo. Nascia aí a Coluna Prestes, pois ambas tropas eram lideradas por Prestes.


Durante mais de dois anos (1924 a 1926), a Coluna Prestes percorreu 24 mil quilômetros através de 12 estados. O governo perseguia as tropas da Coluna Prestes que, por meio de manobras militares, conseguia escapar. Em 1926 os homens que permaneciam na Coluna Prestes decidiram ingressar na Bolívia e desfazer a tropa.



A Coluna Prestes não conseguiu provocar revoltas capazes de ameaçar seriamente o governo, mas também não foi derrotada por eles. Isso demonstrava que o poder na República Velha não era tão inatacável. 




Padre Cícero:
Cícero Romão Batista nasceu em 1844 na antiga Vila Real do Crato e chegou a Juazeiro em 1872, dando início ao sacerdócio junto a população pobre de sertanejos, numa cidade marcada pela violência e pela prostituição. Teve importante atuação tanto no sentido de aconselhamento espiritual como no trabalho junto às comunidades nas épocas de seca e de fome. Dessa maneira conquistou o respeito da comunidade que passou a lhe atribuir a qualidade de santo e profeta.

O messianismo passou a fazer parte de sua vida em 1891, quando a hóstia ficou vermelha na boca da beata Maria Madalena, fazendo com que o povo considerasse o fato como um milagre.

A partir de então desenvolveu-se grande campanha contra o padre movida pela Igreja católica, que proibiu-o de rezar as missas e forçou sua transferência de Juazeiro. Em 1898 foi chamado à 

Roma para dar explicações sobre o â??milagre" e é absolvido, retornando a Juazeiro.

Mesmo com a rejeição do milagre pelo padre, o boato se espalha e a cidade torna-se centro de romarias de camponeses que buscam a cura para seus males, ampliando a fama do "Padim Ciço".



ROTEIRO DE ESTUDOS

O que eu preciso saber sobre A REPÚBLICA OLIGÁRQUICA NO BRASIL?
Explicar as revoltas urbanas e rurais
Explicar a Política do café com leite
Explicar a Política dos Governadores
Relacionar coronelismo e voto de cabresto
Explicar o Convênio de TaubatéRelacionar as funções da Comissão Verificadora de Poderes com a "degola"
Entender a Coluna Prestes
Explicar o fato os Dezoito do Forte
Entender a fama do Padre Cícero
Compreender A Revolta da Vacina
Explicar o Movimento de Canudos e Contestado
Explicar a Revolta da Vacina
Compreender o Cangaço





bons estudos.
DICAS DE ESTUDO


O que eu preciso saber sobre a REVOLUÇÃO RUSSA?






•Caracterizar a Rússia antes da revolução: problemas econômicos, czarismo e desigualdades sociais
•Descrever os acontecimentos de 1904 e 1905 relacionando com o Domingo Sangrento
•Citar a criação da Duma (parlamento russo)
•Descrever o crescente descontentamento da população russa em relação ao governo de Nicolau Romanov
•Explicar o que eram os sovietes e sua importância no processo da revolução
•Diferenciar as duas alas do Partido Comunista: os mencheviques e os bolcheviques, seus líderes e objetivos
•Citar as principais propostas socialistas de Lênin presentes nas Teses de Abril
•Explicar a Revolução Branca, de fevereiro de 1917
•Explicar a Revolução Bolchevique, de outubro de 1917
•Explicar a Guerra Civil e o objetivo dos contra-revolucionários (Exército Branco)
•Citar os objetivos de Lênin com a instituição da NEP
•Explicar a disputa entre Trotsky e Stálin após a morte de Lênin


Todo esforço será recompensado!
Estude bastante.



CRISE DE 1929
Em 1932, a música da moda nos Estados Unidos era: "Brother, Can You Spare a Dime? ("Irmão, Você Pode me Emprestar um Trocado?"). Esse era o espírito de um país com 14 milhões de desempregados. E, pior, tinha-se a nítida impressão de que a crise não iria ter fim, de que não existia um ponto de virada: era a Grande Depressão.
Famílias aninhavam-se, em busca de calor, junto aos incineradores dos edifícios municipais, enquanto outras procuravam restos de comida nos caminhões de lixo. Boa parte da população norte-americana responsabilizava o presidente Hoover e os republicanos pela crise.A política liberal do governo, de não interferir no mercado, teria sido a responsável pela quebra da Bolsa de Nova York em 1929 e pela depressão.
Assim, em 1932, o democrata Franklin Delano Roosevelt venceu facilmente as eleições presidenciais norte-americanas.Durante a campanha eleitoral, Roosevelt havia se comprometido a estabelecer um "Novo Ajuste" (New Deal) para o povo americano.
Para resolver o problema do desemprego e reaquecer a economia, deu início a um enorme programa de obras públicas. O New Deal estabeleceu um amplo programa de apoio aos desempregados. Construíram-se ou restauraram-se 400 mil quilômetros de estradas, colocaram-se em funcionamento 40 mil escolas, com a contratação de 50 mil professores, instalaram-se mais de 3,5 milhões de metros de tubulações de água e esgoto, além de praças e quadras esportivas em todo o país. Na habitação popular, uma agência estatal avalizava financiamentos imobiliários, viabilizando um grande programa que impulsionou a construção civil.
A idéia era: o Estado gera empregos, as pessoas voltam lentamente a consumir, as fábricas e as fazendas aumentam a produção, contratam mais mão-de-obra, mais pessoas são reintegradas ao sistema e o capitalismo voltaria a florescer.

(por Renan Garcia Miranda)



O que eu preciso saber sobre REGIMES TOTALITÁRIOS (Nazismo e Fascismo), GUERRA CIVIL ESPANHOLA? CRISE DE 1929?
  • Descrever a situação dos Estados Unidos após a Primeira Guerra Mundial
  • Explicar a quebra da Bolsa de Nova Iorque
  • Explicar a crise gerada em 1929 e a Grande Depressão
  • Explicar o que foi o New Deal e citar as medidas estabelecidas por esse programa
  • Citar as características gerais dos regimes totalitários
  • Citar as principais medidas adotas pelos fascistas ao assumirem o poder
  • Descrever a situação da Alemanha após a Primeira Guerra Mundial
  • Relatar como Hitler subiu ao poder na Alemanha
  • Explicar como era o governo de Hitler, a propaganda, a educação e a política racial
  • Explicar por que aconteceu a Guerra Civil Espanhola.
  • Relacionar a Guerra Civil Espanhola com o militarismo de Hitler e Mussolini